Matéria da Revista Casa e Arte (out/nov 2011)

3D Salão de Festas

Fim da Decorare 2011

 Reportagem do Click RBS 

A suíte Fino Escandinávia, de autoria das arquitetas e urbanistas Andreia Biffi Girardi e Simone Reis Pereira, foi o ambiente mais votado pelo público visitante da Decorare 2011, mostra de arquitetura, decoração, design e paisagismo que encerrou neste domingo.

  

Já a visitante Deise Sena Oliveira, de Chapecó, foi sorteada com uma viagem a Nova York.

Para o coordenador da Decorare, Celso Cecchin, a mostra atendeu as expectativas, mantendo a média de público das edições anteriores.

- O nível dos ambientes estava excelente, tanto que as pessoas, após a visitação, saiam encantadas – disse.

Para ele, a realização de negócios pelos profissionais participantes – arquitetos, decoradores, engenheiros, artistas plásticos, designers de interiores e marchand.

Para Andreia Biffi Girardi, uma das arquitetas que teve o espaço destacado, a Decorare tem importância especial por contribuir com os profissionais e com as lojas de materiais de construção.

Andreia Biffi Girardi e Simone Reis Pereira recebendo a premiação.

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Suíte Fino-Escandinávia na Decorare 2011

Reportagem do ClickRBS (30/set)

Até o dia 16 de outubro, Chapecó é palco das tendências de arte e decoração de interiores com a Mostra de Arquitetura, Decoração, Design e Paisagismo – Decorare 2011. O evento reúne profissionais da arquitetura e urbanismo de toda a região, para compor os ambientes a partir de elementos culturais de diferentes países.

O desafio dos profissionais neste ano foi redecorar os ambientes de um dos primeiros edifícios de alvenaria de Chapecó, construído em 1964: o antigo Hotel Soprana. Localizado na esquina da avenida Getúlio Vargas com o Calçadão, a construção que, por tantos anos foi referência arquitetônica na cidade, ganha uma repaginada com a realização do evento.

Participando pela terceira vez, a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unochapecó, Andréia Biffi, apresenta em parceria com Simone Reis, uma suíte inspirada no clima gélido de países como a Dinamarca, Suécia e Noruega. O ambiente, chamado de Suíte Fino-Escandinávia, é um espaço aconchegante para o inverno desenvolvido com sistema de automação residencial.

Um dos grandes diferenciais do espaço é a harmonização entre os traços contemporâneos e atuais de decoração. – Trouxemos ao ambiente uma composição monocromática, que lembra as paisagens gélidas daquela região em um ambiente totalmente automatizado e controlado por Ipad – explica Andréia.

Para a decoradora, a mostra é um meio de potencializar o desenvolvimento econômico do setor e evidenciar as empresas e profissionais que atuam no setor em Chapecó.

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Arquitetura de Consultórios de baixa e média complexidade - Por Andréia Girardi

A Arquitetura de interiores trabalha a organização do espaço de acordo com o seu uso e com o perfil do(os) usuário(os), e ainda,  a relação dele com os elementos que o compõe: como forro, revestimento, mobiliário, cortinados, entre outros... É comum pensarmos, quando falamos nestes elementos em combinações estéticas, no entanto, um projeto desenvolvido por profissionais com formação específica para atuar na área, vai muito além da beleza, pois é através da aplicação do conhecimento das técnicas que se consegue organizações realmente funcionais.  Estas técnicas trabalham, por exemplo, desde a boa ergonomia na criação do mobiliário, as dimensões adequadas para se respeitar os fluxos das circulações e até mesmo no caso de combinações de cores se nortear a escolha em estudos de cromoterapia.   

Dentro deste universo, os espaços de saúde requerem uma arquitetura de interiores ainda mais responsável e fundamentada também nas legislações estabelecidas em códigos, leis, decretos, portarias e normas federais, estaduais e municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos. Tudo isso para que atenda as exigências impostas para aprovação da Vigilância Sanitária e deste modo se consiga obter o alvará sanitário para desenvolvimento das atividades no local, respeitando assim as condições de higiene, acessibilidade e bem estar dos pacientes e dos funcionários.

Dentre as condições principais que exigem soluções projetuais se pode citar a escolha de revestimentos adequados a higienização do local, aberturas que priorizem a ventilação zenital (que possibilita a troca natural do ar contaminado do ambiente), garantir o acesso de pessoas com deficiência física (seja através de rampas ou vãos que permitam a circulação de cadeirantes ou mesmo que não criem barreiras que dificultem o acesso a portadores de outras deficiências), atender ao fluxo interno de funcionários e pacientes, ou mesmo, em casos específicos avaliar a necessidade e as dimesões adequadas para uma eventual circulação de maca e também organizar o destino para o lixo contaminado.

E por fim, o profissional não pode esquecer de estar atento na elaboração do projeto, a apresentar soluções que atendam também aos anseios financeiros do proprietário do estabelecimento de saúde.

Vida Nova, Casa Nova - Por Andreia Girardi

          

Esqueçamos o velho ditado popular que diz que quem casa quer casa. Os jovens casais de hoje formados e bem informados tem expectativas bem maiores para a primeira morada. Enquanto em um passado não muito remoto, bastava que essa casa cumprisse funções básicas de abrigo e de atividades domésticas diárias, a busca atual é por ambientes que interajam de modo a despertar os sentidos e criar sensações. Quem casa quer a tal casa cheirando a lavanda, de toque macio, com gosto de comida preparada com amor, ao som das músicas favoritas e com pequenos detalhes que encantem os olhos.

   Para transformar estes sonhos em realidade é preciso muito planejamento e pé no chão para não estourar o orçamento. O que contribui de certo modo com a questão financeira é que geralmente os imóveis deste público são formados por espaços pequenos, que demandam menos mobiliário, no entanto, é preciso ficar atento para que os mesmos sejam versáteis e multifuncionais para garantir a funcionalidade.

   Os ambientes também podem ter seu aproveitamento otimizado com a integração. Quebrando paredes e unindo salas a cozinha, se pode criar uma atmosfera com sensações de maior amplitude, o que configura ainda um ótimo espaço social para receber os amigos, desejo comum entre a maioria dos jovens casais.       

As cores claras também são indicadas neste sentido por trazer mais profundidade ao espaço, mas é preciso ter cuidado para não deixar o ambiente monocromático, o que pode trazer uma leitura monótona ao local. Investir em papéis ou mesmo cores quentes para revestir uma parede de destaque pode ser a solução para deixar o ambiente mais aconchegante.

Se a programação for morar em um imóvel provisório, é preciso ficar atento, pois neste caso deve-se evitar os móveis embutidos. O mobiliário escolhido, principalmente os de maior valor agregado, devem ser de módulos independentes e fáceis de dispor em outras organizações em caso de mudança.

Aproveitar alguns móveis de família também é uma boa alternativa para quem quer economizar. Com apenas um banho de laca branca, ou uma pintura colorida, para os mais descontraídos, se consegue muitas vezes compor uma ambientação bem original.

         E para não errar, também pela questão da responsabilidade técnica que envolve algumas destas idéias, busque sempre um profissional capacitado, que conduzirá todo esse processo, ajudando inclusive na racionalização e no cronograma.

Reportagem: Revista Casar - Maio/2011 - Edição nº 6